segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Há mais coisas entre o céu e a terra do que a simples compra de um satélite.

           Dirceu Ayres
Em 2008, Lula botou quase R$ 5 bilhões do BNDES e mudou o Plano Geral de Outorgas para que a Oi-Telemar, sócia do seu filho, virasse uma "supertele verde-amarela", o que daria mais soberania ao país na área das comunicações. Com as burras cheias, a Oi ampliou o seu péssimo atendimento e, agora, nem mesmo vai precisar levar banda larga para os confins do país. O satélite que teria que ser construído pela operadora para atender as suas obrigações de fornecimento para o Plano da Banda Larga, a um custo de R$ 710 milhões, que também atenderia o Exército Brasileiro, não precisará ser mais construído. É que o Exército decidiu ter um satélite para chamar de seu, a um custo de R$ 720 milhões (R$ 10 milhões a mais do que o da Oi), que será construído pela Telebrás. Vejam que maravilha. A estatal vai criar uma subsidiária (mais um cabide de empregos) para construir e gerir o equipamento. Isso tem cheiro de quê? De uma grande negociata. O Exército está dizendo que precisa ter um satélite exclusivo. Depois, é claro, o tal satélite ficará ocioso. Em seguida, com certeza, será compartilhado com a Oi - Telemar, sócia do filho do Lula, a preços subsidiados, porque ela precisa de "mais satélite". Resultado: o Brasil gastará R$ 720 milhões, ganhará mais uma estatal e quem levará vantagem será a Oi, que deveria construir o próprio satélite gastando R$ 720 milhões do próprio bolso. Não é isso? Estamos ficando loucos? Então alguém responda: por que o Brasil criou uma supertele verde-amarela, financiada pelo BNDES, para que o Exército forneça banda larga para os confins do Brasil? Desde quando o Exército é operadora de telefonia? A justificativa econômica do Exército, dada por um general imbecil, é que as FFAA pagam R$ 60 milhões por ano de aluguel para a Star One, por uma faixa exclusiva em satélite de propriedade da empresa mexicana. E que em pouco mais de 10 anos o investimento estará pago. O que o general imbecil não calcula é o custo da mão-de-obra, da manutenção, da pesquisa, da gestão que virá junto com o satélite. Não duvidemos que a tal estatal terá um custo de R$ 5 milhões mensais, o que totalizaria os mesmos R$ 60 milhões anuais pagos pela locação. Aí tem coisa. Aí tem gente levando algum. Aí tem mais uma negociata lulopetista (coturno)

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