quinta-feira, 5 de maio de 2011

ESCURIDÃO.

                                                   DIRCEU AYRES
Em uma noite escura, conversava ao redor de uma fogueira, eu e mais uns amigos. Naquele local, pairava no ambiente algo sombrio, na escuridão reinante no local, no ar que nos tentávamos respirar, do local onde estávamos, poderiam respirar certo grau de mistério, algo que não podíamos ver, estava também presente. Poderíamos até dizer que era um ambiente lúgubre, assustador e frio. Só a fogueira nos iluminava. Por acaso nós também estávamos a falar sobre consciência sujas, lúgubres, doentias e até assustadoras. Falávamos exatamente sobre as pessoas que agem sem escrúpulos, sejam de que categoria, profissão ou fé elas sejam ou professem. Serão sempre pessoas ruins. Gente má, desgraçadamente má. Essa gente nunca terá uma hora de consideração seja a quem for. Às vezes penso que Deus anda tão ocupado que deixa para depois o castigo “devido” a essa “raça” que em minha opinião nunca terá jeito, a não ser pelos castigos divinos. Mentes assustadoramente, falsas, doentes, más, doença de malvadeza para com os outros seres humanos, na verdade poderíamos dizer que essas mentes estão sempre em uma total e plena ESCURIDÃO. Quando eu era pequeno minha mãe sempre dizia que nós nascemos com espírito, más, Alma nós teremos de criar, é tão certo esses dizeres que ouvimos sempre alguém dizer de uma pessoa malvada que essa pessoa não tem alma, é desalmado. Agora fico pensando, será que somos um estereótipo de um ser diferente? Ou algum tipo de ser cheio de faceta e “burro”? Pois não consigo entender nenhum deles, Isso realmente me incomoda. Também chego a pensar que eles é que devem ter algum tipo de faceta ou estilo diferente de conviver com as outras pessoas que com elas tem o desprazer de conviver. Elas sim são pessoas com acentuada discrepância com relação às outras. Serei sempre um observador desse tipo de criatura e me consolo ao saber que para haver equilíbrio ecológico uns animais nascem para ser alimento dos outros, serão comido para dar continuidade às espécies. Sempre foi assim e acredito que sempre será. Para que haja luz, necessário se faz à sombra. O nascer e o morrer fazem parte da própria vida, são parceiros da mesma energia que move a roda da vida. Por certo, a Escuridão e a Claridade, são energias ou lei do mesmo comando. Assim absorto em meus pensamentos procurava não me incomodar com aquela situação que poderia causar até uma depressão. Que local estranho, calmo mas sem vida, só a escuridão. Não havia cheiro de rosas silvestres ou mesmo de folhas caídas e molhadas após uma chuva, aquele cheiro característico de mato molhado. Só a fogueira era nossa companheira a espera que o dia raiasse. Tinha medo que a solidão me acabrunhasse ou me trouxesse o desespero, aí sim, seria um desespero horrível, sozinho comigo mesmo a pensar nas coisas da vida ou na vida atabalhoada que eu levava, más a força universal que a tudo governa já havia providenciado o clarão da aurora e o amanhecer do dia fez dissipar os pensamentos de medo, angústia e solidão que habitava em nós durante toda noite. Então pude rezar, agradecer a Deus por ainda estar vivo e continuar nessa terra, juntar meus trapos e..., Pé na estrada, fui prá casa.

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